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sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Tributo Los Hermanos - Part 2

ESTAMOS DIVULGANDO A PROGRAMAÇÃO QUE O FÃ CLUB NOS ENVIOU.

* DATA/PROGRAMAÇÃO:

Os shows terão início a partir das 20:00 h do dia 09 de novembro, com término previsto para 06:00 h do dia seguinte.

Horários:

DJ

20:00 h às 21:00 h

04:00 h às 06:00 h

BANDAS

1. Travessia de Surdos- 21:00 h às 22:00 h

2. Mafalda Morfina- 22:15 às 23:15

3. Vinil Elétrico- 23:30 às 00:30

4. Ludmila Amaral – 00:45 h às 02:45 h

5. La Scène- 03:00 h às 04:00 h

  • UM POUCO DA HISTÓRIA DAS BANDAS

TRAVESSIA DE SURDOS

No ano de 2005, Ana Rafaella conhece o guitarrista Barba. Ela chama o músico para participar tocando teclado em um projeto de banda. O primo de Rafaella é vizinho de Barba, o que facilitou o encontro dos dois. Na casa do guitarrista, Rafaella mostra duas músicas de sua autoria.

Estava formada a banda que inicialmente se chamaria Plebe. Barba seria então guitarrista, não mais tecladista. O músico traz para a banda um amigo que já tocara com ele em outra banda, Ícaro (Gordo), que assumiria o baixo. Rafaella chama então um baterista, também chamado Ícaro. Muito tempo ainda passaria para os primeiros ensaios. Durantes esse tempo, Barba começa a compor para banda.

Célio Vieira entra para a banda tocando violão logo no primeiro ensaio, mas permanece pouco tempo e não vê quando é escolhido o nome definitivo da banda: Travessia de Surdos (sugerido por Gordo), ou apenas TdS. Os primeiros ensaios foram em março de 2006. As músicas são de autoria de Rafaella e Barba. Rafaella já tocou em algumas bandas: Plebe e JMS; e também cantava em festas e casamentos. O baixista Gordo e o guitarrista Barba tocavam em uma banda cover dos Beatles chamada Coeficiente Alpha. O baterista Ícaro se apresenta tocando na noite em barzinhos e casas de show. Meses ensaiando, gravam um cd demonstração.

Quatro meses após o rompimento eles voltam exatamente um ano apos terem começado, agora com William no baixo, trazido pelo baterista. Esta formada a nova TdS.

· MAFALDA MORFINA

Teve início em Janeiro do ano de 2004, se propondo a fazer um “Pop Rock ‘n Roll” universal. Embarcaram nessa viagem os integrantes: Brenow – Bateria, Carla Keyse – Contra Baixo/Backing Vocals, Pedro Mafalda – Guitarra, Felipe Salt – Guitarra/violão/teclados e Luciana Lívia – Voz/Violão.

Quatro instrumentistas autênticos e afinados misturaram-se a uma vocalista carismática e talentosa. No que diz respeito às composições, é impossível não se deixar levar por empolgantes solos de guitarra, aliados a um vocal com timbre forte e marcante.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

A tropa da elite

A última das unanimidades descartáveis é o culto da ultra-violência como resposta bestializada de uma classe média acuada.

Como é próprio de um subproduto da indústria cultural ao compartilhar orgulhosamente da manipulada mediocridade da massa, que indiferentemente será substituído por outro modismo qualquer, a onda é aderir à microfísica do poder. Só que pelo lado do cacete. A letra do Tihuana: "...osso duro de roer / pega um, pega geral..." retrata a estratégia consciente da intimidação generalizada pela violência marginal ou institucional, à escolha.

O curioso é que há mais ou menos uma década, a garotada aproximadamente da mesma idade, cantava com os malucões do Planet Hemp: "Legalize já / Uma erva natural não pode te prejudicar...". Professavam além do respeito ao livre arbítrio e ao debate democrático acerca do que seria ou não legítimo nas leis constituídas. Hoje grassa, inversamente, a virulência reacionária que iguala traficantes e usuários sob o tacão da brutalidade repressiva.

Das utopias coloridas e divertidas woodstocks embaladas pelas alegres cannabis dos descolados e bicho-grilos em geral, passou-se ao pesadelo dos escoteiros das fardas pretas, dos justiceiros de caras fechadas, com seus métodos fascistóides de tortura e extermínio sumário. Como se o combate à "corrupção" criasse uma aura de infalibilidade ariana que colocasse um batalhão da gestapo acima do bem e do mal. Na verdade não passa de uma das múltiplas faces que assume o poder corrupto. Corrupto porque engendrado pela corrupção. Porque não-republicano e sim arbitrário. Porque seleciona o povo pobre para uma "assepsia étnica".

Não se pode deixar de notar a hipocrisia dos guardiões da "ordem da moral e dos bons costumes" ao massacrar D2 e Cia. por conta da "apologia às drogas", não demonstrarem o mesmo empenho na desmistificação da "apologia à violência" que bombardeia a juventude vitimizada. Oh, mas isso seria plenamente justificável devido à imprescindível "guerra ao tráfico". Tal e qual o "grande irmão" de G. Orwell, mantém o noticiário que combina catástrofes e ufanismo, para manter a massa domesticada sob controle.

Não adianta nem riquinho querer fazer proselitismo ou manifestação "pela paz", para desencargo de consciência (e ainda, quem sabe, extrair uns dividendos eleitoreiros já que ninguém é de ferro), porque o problema é bem mais embaixo. Comecemos com uma perguntinha básica: qual o sistema econômico que gera as condições ideais para a disseminação marginal: favelas, presídios, cartéis internacionais, etc.?

E não se trata de "romantizar" ou abstrair o conflito em meio à confusão entre a denúncia e a tomada como modelo exemplar, que marca a distância entre o que o filme aparentemente quis dizer e o que a mídia quis entender (ou pelo menos uma espécie de "jornalismo" que prefere a superficialidade míope e desqualificada, em torno da irônica "pirataria"). Da aparente intenção da caricatura, o personagem se metarmofosea no "herói nacional" da truculência psicótica. A solução neurótico-repressiva que humaniza o algoz e desumaniza o lascado-com-tênis-importado (o que o transforma automaticamente num suspeito), só porque é pobre, preto e favelado (e que, portanto, não pode sequer aspirar consumir, quem dirá existir).

Quando é que se pretende parar de procurar a "culpa", pois ela sempre reside no "outro", e vai se partir efetivamente para uma discussão responsável das soluções viáveis? Medidas capazes de descerem dos altares e ganharem as ruas, não dependem somente de ações de governos, mas da capacidade da nação tomar para si o desafio de pautar a solidariedade, a justiça e a igualdade como parâmetros que devem progressivamente revolucionar a sua própria ética e sociabilidade.

Entre tiroteios sonoros, com a palavra Marcelo Yuka e o Rappa, com a autoridade de quem convive com o próprio martírio: "A minha alma está armada / E apontada para a cara / Do sossego / Pois paz sem voz / Não é paz, é medo... Às vezes falo com a vida / Às vezes é ela quem diz / Qual a paz que eu não quero conservar / Para tentar ser feliz..."
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