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sexta-feira, 13 de abril de 2007

Fortaleza completa hoje 281 anos com programação cultural na cidade

Hoje, sexta-feira (13), Fortaleza comemora 281 anos de fundação, ocasião que merece programação especial. O talento dos músicos cearenses é a principal atração da festa, com shows de Ednardo, Belchior, Kátia Freitas, Edmar Gonçalves, Rodger Rogério, Téti, Quinteto Agreste e Stélio Vale, a partir das 19h, na Praça do Ferreira. Um pouco mais cedo, às 18h, apresentam-se as bandas Dona Zefinha e o Rap do Lagamar.
A cidade amanhece o dia em festa. Ainda às 7h, os usuários dos terminais Antônio Bezerra, Parangaba, Messejana, Conjunto Ceará, Siqueira e Papicu serão agraciados com a sonoridade das bandas do Corpo de Bombeiros, do Cefet-CE, Orquestra de Sopro de Pindoretama, Banda Racional, Banda do Colégio Piamarta e Sopro Só Folia.
Também a partir das 7h, haverá alvorada musical no Theatro José de Alencar (TJA). Das 8h às 17h, visita guiada pelas dependências do TJA. Ao meio-dia, exibição de curtas e documentários, tendo Fortaleza como tema central. A programação no teatro se encerra às 17h, com o lançamento do fanzine Yoiô.
Às 13h, exibição do filme Deu a Louca em Hollywood, no Cine Luiz Severiano Ribeiro – Centro Cultural Sesc. Às 15h, em diversas praças da cidade, haverá concentração de grupos artísticos e apresentações, seguidas de saída em cortejo até a Praça do Ferreira.

Às 16h, na Praça do Ferreira, apresentam-se as bandas de Pífanos do Sesc e Semeart e o Coral de Convivência do Sesc. Às 17h, os grupos vindos em cortejo de outros pontos da cidade apresentam-se simultaneamente também na Praça do Ferreira. Às 18h, também na Praça do Ferreira, tem projeção de imagens fotográficas da exposição deVERcidade, seguida dos shows já citados anteriormente.


Segundo a assessora de imprensa da prefeitura Adriana Albuquerque em conversa por telefone ontem a tarde.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

O suicídio antes e depois da internet


O seppuku e o shinjuu, por exemplo, são dois tipos de suicídio que se caracteriza apenas pela classe social


O Japão possui o maior índice mundial de suicídios no mundo . Em 1998, iniciou-se a chamada “terceira onda de suicídios”, com cerca de 30 mil casos por ano. As estatísticas mostram que o número de homens que se suicidam é muito maior do que o de mulheres, devido a sua condição dentro de uma sociedade paternalista. O efeito econômico e a perda do emprego vitalício, além da idade avançada, podem ser apontados como as motivações predominantes nos homens. Muitos desistem de viver para conseguir o prêmio do seguro de vida, por exemplo, aguardando apenas o período de carência do plano para cometer o ato. Já as mulheres, por terem um papel de maior responsabilidade dentro de casa, cuidando dos filhos, não cometem tanto o suicídio, mas, conforme a idade aumenta o número entre as mulheres também sofre uma variação progressiva.
Eras passadas
Existem estudos sobre o suicídio no Japão que remontam a eras passadas como o seppuku e o shinjuu – duas categorias de suicídio que se diferiam apenas pela classe social ou, em tempos mais recentes, os kamikaze, que se sacrificaram pelo país na Segunda Guerra Mundial, e as crianças que sofrem o ijime, maus-tratos dentro da escola que, em muitos casos, culminam no suicídio infantil. O seppuku era uma forma de suicídio realizado por guerreiros com o intuito de evitar a execução por inimigos, ou para redimir-se por atos considerados desonrosos, e o ato possuía todo um ritual. Já o shinjuu era praticado por pessoas de classes inferiores e com um grau de proximidade ou parentesco, sendo amantes, mães e filhos ou toda a família. Além disso, o shinjuu só passou a ser considerado ato criminoso a partir da década de 1990. Antes disso, inúmeros casos eram relatados pelos meios de comunicação com a ausência de punições para as pessoas que tiveram a idéia do suicídio. Países estrangeiros têm apontado o “risco da propagação da prática de suicídio coletivo” e pressionado o Japão a adotar uma política preventiva contra isso.
Acordo pela internet?
Nos dias de hoje, a forma mais comum de suicídio é com a utilização da internet, o que se tornou problema no Japão nos últimos anos. Homens e mulheres entre 20 a 40 anos e que se conheceram através de anúncios pela internet cujo tema é o suicício (apresentam os diversos métodos de suicídio e outras informações), marcam a data e o local para, juntos, cometerem o ato em grupo, utilizando, por exemplo, monóxido de carbono em um quarto ou um automóvel hermeticamente fechado.
Medidas preventivas
Na Europa, foi definida uma linha de ação para a mídia, tal como não publicar detalhes sobre as circunstâncias do suicídio em primeira página; evitar expressões afirmativas quanto ao assunto, etc., com o objetivo de evitar a indução ao suicídio.
No entanto, a internet eliminou as restrições quanto às informações, servindo como uma válvula de escape para muitos; motivo pelo quais vários países temem que o suicídio praticado no Japão se propague também ao exterior via computador. Considerava-se que, mesmo se tratando de sites que estimulam o suicídio, era difícil a aplicação de restrições, devido ao ponto de vista de proteção à liberdade de expressão e proteção às informações pessoais. Entretanto, o Japão, em uma ação conjunta entre empresas de comunicação, provedores, Ministério dos Negócios Internos e Comunicação e a polícia, adotou medidas preventivas que consistem no fornecimento de informações à polícia, por parte das fontes, acerca de mensagens de suicídio pela internet que apresentem risco iminente. O parâmetro para considerar que os sites sejam de alto risco ou não, seria o seu conteúdo, como por exemplo, datas marcadas e métodos para a prática do ato. No entanto, ainda são necessárias outras medidas para salvar aqueles suicidas que não tomam a iniciativa de escrever anonimamente em sites, mas acompanham o ato.

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